Ecologia Costeira e Marinha

Ecossistemas Marinhos e costeiros são regiões sob influência da água do mar. As áreas marinhas, por sua vastidão e diversidade são classificadas em vários ecossistemas que vão desde mares profundos como as planícies abissais, regiões polares como ártico e antártica, recifes de corais, fontes hidrotermais, florestas de algas manguezais, mar aberto, costa rochosas, pântanos salgados e lodaçais e praias arenosas. Por possuir uma variedade muito grande de características e serem os e um potencial muito grande de novas descobertas. Sendo assim, são áreas prioritárias de estudos, sobretudo no Brasil, um país com uma costa tão rica e extensa.
Linha de preamar onde são coletadas amostras.
Toda essa biodiversidade acaba sendo muito, uma vez que depende de muitos fatores abióticos para o seu equilíbrio como a pressão, iluminação, temperatura, oxigenação e salinidade, e tais fatores vem cada dia sendo mais modificados por ações naturais e antrópicas. Quanto maior a concentração de dióxido de carbono, o Ph da água diminui, se tornando mais ácida, e a temperatura aumenta, o que leva a perda de biodiversidade e habitatAlém disso, grande parte da população Brasileira vive próximo as costas e dependem direta ou indiretamente de produtos produzidos nesse ecossistema, logo, é de extrema importância conhecer bem a qualidade do que estamos consumindo e que medidas poderíamos tomar para manter um desses recursos.

Paisagem Antártida fotografada em trabalho de campo

O laboratório LARA tem atuado em estudos de ecossistemas marinhos utilizando as técnicas de análise isotópica e o infravermelho médio. Análises elementares (Bulk) e de seus compostos orgânicos e inorgânicos permitem o uso de biomarcadores baseados em razões isotópicas de carbono e nitrogênio (δ13C, δ15N). Uma maneira de estudar o ingresso do dióxido de carbono nos corpos marinhos e ver sua correlação com os deltas de salinidade é justamente medindo a razão isotópica desse carbono dissolvido na água (Carbono Inorgânico Dissolvido). Além disso, essas razões de carbono e nitrogênio permitem estudar cadeias tróficas marinhas e identificar mudanças de alimentação, habitat, hábitos, ingresso de população invasora, etc.  

A técnica de CSSI (Compound-Specific Stable Isotope), acoplada a análises orgânicas elementares, é considerada o que há de mais inovador em análises isotópicas e também pode ser usada para estudo de cadeias tróficas em um nível mais detalhado ou mais complexo, além de estudos de bioacumulação e biomagnificação de toxinas.

A utilização de técnica de FTIR (Fourier Transform Infrared Spectroscopy), a espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (MIRS-FTIR) é amplamente utilizada na caracterização de materiais. Sendo assim, é uma técnica de extrema importância para a identificação de origens de poluentes antrópicos como por exemplo os microplásticos, uma vez que nos permite identificar os tipos de polímeros encontrados.

Microplástico sendo analisado pela técnica de  MIRS-FTIR